segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

meus relatos selvagens

Depois de ver o filme argentino, resolvi elencar os meus próprios relatos selvagens. Não está em ordem de “raiva”, mas cada um tem sua força em mexer comigo de uma maneira, bem, como dizer, selvagem.
            “Oi, podemos falar sobre os direitos humanos?” – na calçada da Paulista.
            O motoboy fazendo “não” com a cabeça depois de você quase bater o carro para dar passagem.
            No ônibus, ávido para voltar a ler seu livro, e uma freada brusca derruba o marcador da página. Perfeito, vamos ver se tenho memória para lembrar a página que estava.
            “Um temaki  de salmão completo com maionese, por favor.” Vem creamcheese.
            Flanelinhas.
            “Você nunca viu esse filme? Você se formou em cinema!”
            Descobrir que não tem papel higiênico depois de precisar dele.
            Servir leite no seu copo no café da manhã e ele acaba no meio do copo. E não tem mais leite em casa.
            Chegar na sala onde trabalho e o ramal já toca. Eu acabei de chegar!
            Acabar de assistir a última temporada disponível no Netflix, sabendo que existem duas outras temporadas rolando fora do país.
Maçãs podres descobertas pós-mordida cheia de vontade.
            “Você tá ficando careca também?”
            “Você faz cinema? Minha filha vai fazer um aniversário, será que você não poderia..........?” (preencha a lacuna com qualquer coisa, de filmar e fotografar, até servir coxinha)
            Aviões cancelados.
            Taxistas homofóbicos.
            Aulas decepcionantes.

            A lista é grande e selvagem. Dá pra fazer um curta de cada. Mas ia ter que tirar um ano sabático depois de tanta raiva.

Um comentário:

  1. Fim de expediente, ônibus lotado, janelas fechadas, o fone de ouvido do passageiro ao lado, tão alto que você nem escuta a musica e fica com aquele zumbindo o percurso todo.

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