Se
você aprendeu a escrever na escola, desista. Tudo mudou. E citando nosso caro
McLuhan, o meio é a mensagem. Ou seja, a forma diz mais que o conteúdo.
Ou
você acha que a pessoa é a mesma ao escrever: “Oi, tudo bom?” ou “Oiee, tudo
booom?” ou “oi td bm?” ou “OiiIIiII, TuUDDOoooO BoOOoMmm?” ou “oi.td.bom.?” ou
mandar um audionote?
Sim,
a forma como escrevemos define o tipo de pessoa que somos. Ou pelo menos o que
“estamos sendo” naquele momento. Imagina que se alguém ganha algo muito
importante, você jamais poderia escrever “Parabéns”, a não ser que seja avô
dessa pessoa. Caso contrário, ela ficará ofendidíssima.
Ou
mesmo as exclamações. Ah, como elas nos salvam! Um ponto final parece tão frio,
tão seco. As exclamações trazem vida para a mensagem. É muito diferente
escrever “Te amo”, “Te amo.” ou “Te amo!”. Cada um tem seu momento para ser usado.
De repente mais seco e sóbrio, mostrando maturidade. Ou mais irônico. Ou mais
certeiro de que a mensagem será captada como quiser. Use a vontade da maneira
que lhe convir.
Um
pai, sem citar exemplos de qual, pode escrever “Ligar sem urgência. Grato”. Mas
um amigo jamais poderia escrever isso sem estar fazendo graça. Uma namorada, se
escrever isso, fuja! O chefe, tá sussa. Depende, claro.
As
escolas deveriam se modernizar e explicar para as crianças os novos métodos da
escrita. Um vestibular no futuro vai fazer você analisar cada uma das
possibilidades de escrever a mesma coisa e relacionar com a personalidade que
escreveu. A Grafologia já era, precisamos atualizar. Os psicólogos vão usar
suas conversas de WhatsApp para te analisar.
Enquanto
o futuro não chega, cuidado. A briga pode ser gigante se escrever “ok” e não
“OK!!” ou “okkkk!” ou mandar uma carinha feliz.
Parabéns pelo texto. (!!!!!!!)
ResponderExcluirpb.tex! kkkkkkkkk
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