segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

por um mundo com mais parkour

Os mais próximos sabem, e para quem não tem ideia, eu tenho feito aulas de parkour. Do jeito que explico para o resto do mundo: sabe aqueles idiotas que ficam pulando coisas e se pendurando na cidade? Uns franceses retardados. Boa parte sabe o que é, a outra parte eu mostro um vídeo do YouTube e eles passam a aceitar, sem muito entender. E se não entendeu, Google.
            Que tipo de retardado faz um negócio desses? E com qual objetivo? Quando jogamos futebol, vôlei, queremos ganhar do outro time. Quando corremos, queremos chegar até o fim. Quando jogamos paciência no computador, queremos encher a tela com um monte de cartas que ficam pulando quando ganhamos (saudade do Windows).
            E qual o objetivo dessa palavra em francês?! E percebi só depois que era exatamente isso um dos maiores atrativos que eu tinha por esse esporte. O objetivo do parkour, simples e resumido, é ultrapassar obstáculos de forma rápida, fluida e silenciosa.
Inconscientemente, parkour era pra mim pequenas conquistas que evoluem e melhoram com a experiência e prática. Assim como a vida. É difícil, tem mil coisas no caminho. Tem gente que passa atropelando tudo, derrubando, se machucando. Tem gente que tem que ir como uma lesma pra conseguir chegar. Tem gente que faz um estardalhaço, um furacão.
            Quero chegar no fim da vida com o parkour. Passar as dificuldades de forma rápida, fluida e silenciosa. E apreciar o próximo obstáculo, seja lá qual for, porque o parkour tem sempre objetivo, mas não tem fim.

Por uma vida com mais parkour.

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