segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
carregadores
Tenho um ao lado da cama, um no carro e um ambulante, dentro da mochila. Era um homem feliz e não sabia. Como eram fáceis e planejadas as recargas do bendito smartphone. Depois da adaptação inicial do “carrego meu Nokia uma vez por mês” para o “carrego a cada 10 minutos meu IPhone”, tudo entrou na normalidade com os 3 cabos que tinha.
Até a Apple resolver trocar os carregadores do 4 pro 5. Ingenuamente, feliz com a possibilidade de conseguir um celular melhor, fiz a troca de aparelhos. E então os problemas começaram.
O cabo do lado da cama fica preso numa tomada escondida e por tal motivo não é nunca feito para ser itinerante.
O cabo de dentro do carro serve unicamente para tocar música nos horários que programas de rádio são insuportáveis.
O cabo ambulante serve para recarregar no trabalho e nas situações de risco, quando o mal se espreita (tipo uma colação de grau de faculdade – só vive quem tem bateria cheia).
O celular novo vinha com só um cabo. É quase vender um carro com só uma roda. E com um cabo, o destino me parecia assombroso. Foram 2 meses de puro terror, em que se esquecia o cabo em casa, dentro do carro, escutando programas de rádio ruim porque o cabo ficou no trabalho. O horror, o horror.
Comprei o segundo cabo. O mundo parecia um lugar menos tenebroso e garanti que o cabo do lado da cama ficasse lá, intacto. Fiquei feliz.
Se um dia alguém quiser acabar com o mundo, vão começar a propor o racionamento de carregadores de celular. Depois da água e da internet, carregadores estão em terceiro na lista de prioridades do dia-a-dia.