segunda-feira, 21 de setembro de 2015

a maçonaria do ovo


Para àqueles que não foram instruídos na confeitaria, eu provoco: me diga cinco doces que não levem ovo. Viu? A vida não é tão fácil quanto você achava. Os ovos estão em todos os lugares. Tem a seita deles que, meus caros, é poderosíssima.
            Digo isso pelo simples fato de que, na minha humilde cabeça, ovo servia para fazer ovo mexido, omelete, jogar nas pessoas nos dias de aniversário e beber cru caso quisesse ser o Rocky.
            Mas com o tempo, com essa grande transformação que é se tornar adulto, percebi que os ovos são mágicos. Eles estão em tantos doces que às vezes, sinceramente, tenho nojo.
            Tem ovo no bolo. Tem ovo no BOLO! Você tá entendendo? Bolo, aquela coisa fofinha e gostosa, tem um monte de ovo! Ovo cru! Clara e gema, aquelas gosmas horrorosas. As pessoas devem estar se perguntando: “Ué, você achou que o bolo vinha de onde?”. Eu nunca pensei nisso, po! Bolo é feito de bolo, pronto! Que mania de achar que tudo tem que ter uma explicação.
            Nessa empreitada de produtor do canal da Ju, o “TPM, pra que te quero?”, vivi muito esse drama. Tudo vai ovo. Juro! Qualquer receita, e lá está o maldito e nojento ovo, gosmento, caindo pros lados.
            E aí vai alguém, coloca só as claras numa batedeira e, pronto, vira suspiro! SUSPIRO! Aquela coisa gostosa que você comia nas festas de criança é OVO! Só com um pouco de açúcar.
            Você tá entendendo a gravidade do assunto? É como virar para um religioso fervoroso e dizer que o Deus dele, na verdade, não existe. Ou falar para um advogado que todas aquelas leis que ele estudou e decorou eram uma brincadeira!

            Louvemos os ovos. Eles, infelizmente, estão mais presentes na nossa vida do que nossa imaginação gostaria de achar. Eles estão infiltrados. Escondidos. Se passam por doces e nem percebemos. Eles são maçons. Eles são 007s. Eles (que saco) estão em todo lugar.

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