Cá
estou eu, quase três da tarde desta segunda-feira nublada, com hora pra sair e
lembro que não postei a crônica! Semana passada, atrasei uns três dias. Não
poderia repetir o mesmo erro, já que eu me gabo tanto de conseguir postar uma
crônica por semana. Mas sabe como é... acabei de desligar o telefone com minha
avó e a conclusão foi: final de ano é uma bagunça. É mesmo.
Mas
para ninguém sofrer – leia-se “eu” -, escrevo. Sob pressão, mas escrevo.
Escrevo sobre escrever e sobre ter que correr pra escrever. Muitas vezes,
escrever sem pensar, sem revisar, sem repensar, sem visar nada, esperando que,
com sorte, um final para este texto chegue enquanto o escrevo.
Claramente,
ainda não chegou. Para encontrá-lo, procuro em mim mesmo. Procuro no ser que
digita e encontro semelhanças, encontro simetrias. Somos como esse texto, não
sabemos muitas vezes para onde estamos indo. Não sabemos se o que já deixamos
marcado foi bom ou foi ruim. Muitas vezes, não há tempo para nada, nem para ler.
Muitas vezes divagamos, outras, decidimos mudar de parágrafo e ponto.
Nem
tudo na literatura e na vida precisam de uma meta determinada. Aliás, quase
nada precisa. Só nós que precisamos, para acalmar o espírito que se acalenta a
cada hora. Se de alguma coisa vale, lembremos de Beatles e a famosa “Let it
be”. Se é muito antigo para você, Frozen ensina: “Let it go”. Deveríamos
escutar mais e sofrer mesmo com a pressão.
Deveríamos
relaxar. Nós colocamos a pressão em nós mesmos: Victor, você vai abrir um blog
para escrever toda semana, especificamente, todas às Segundas-feiras. Pronto,
empreendi. Criei a minha própria pressão.
No fundo, todos precisam criar a própria pressão e acabar com ela. Isso traz
maturidade. Que a gente nunca deixe de escrever. Mas que a gente um dia relaxe
e desencane. Vida longa enquanto tudo durar!
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