segunda-feira, 9 de março de 2015

poesias


Escrever é poetizar
Sobre como pular
Uma linha e continuar
A ler como não tivesse o feito e terminar a última linha distante da anterior.

Usar palavras que
Ninguém nunca mais usou no mundo
Como “âmbar” ou “putrificar”
Quem sabe mesmo parar de usar o verbo “amar” e jamais rimar “ar” com “ar”
(por que isso é pobre e eu posso me dar o direito de um quinto verso)

Pula-se uma linha, mas
Começo o texto na linha seguinte
Requinte? Só das palavras que saem do
Meu laptop e enchem a poesia
De letras que começam na
Linha de baixo todo dia

Dizem que o poeta é
Um ser incompreendido
Ou um pouco metido
Quem sabe talvez um mané

Mas afirmo que na nova fase da vida
Vida que vivo tão intensamente
Entendo que não são os poetas
Mas sim suas poesias que
São incompreendidas porque pulam
Linhas, usam palavras de velhos e
Rimam coisa com coisa para ficar bem difícil de ler e assim poder ser


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