Temos
que deixar uma coisa clara: evolução vem para “evoluir”. Parece ingênuo falar
isso, mas é importante ressaltar a frase. A gente não precisa mais de tanto pelo
no corpo para se proteger se a gente pode construir um colete à prova de bala e,
eventualmente, à prova de mordidas de ursos.
E,
por isso, é de maneira muito clara que vejo o porquê de não ter mais o rabo.
Antigamente, antes dos tempos das cavernas, a gente tinha um rabo, e era muito
parecido com o dos pobrezinhos habitantes do zoológico. O rabo era nosso
quinto, ou sexto, membro. Equilíbrio, agilidade, e talvez, sensualidade,
acreditando que exista fetiche para tudo.
Mas,
olha só, não temos mais rabo! Tã tã! Sabe porque? Porque somos seres urbanos,
da cidade grande, cosmopolitas, e não existe espaço para o rabo. O tempo
passou, evoluímos. Imagine entrar no metro às 18 horas e ficar tropeçando nos
rabos alheios? Ou ir num restaurante e jurar que viu um rato, mas não, era só a
nova moda de deixar o rabo exposto no meio da calça jeans.
Não
precisamos mais de equilíbrio: ficamos sentados quase o tempo todo, temos
bengalas, cadeiras de rodas, carrinhos de golfe. Não precisamos ser ágeis se
temos carros, aviões ou robôs que fazem o que a gente quer. E a sensualidade,
bom, isso será sempre um problema a discutir do ser humano, com rabo ou sem
rabo: precisamos de criatividade, nesse caso.
Fica
claro então que superamos o fato de não ter rabo, certo? Evoluímos. Seguimos os
pressupostos de Darwin e os melhores adaptados conquistam o mundo. Se não temos
rabo, é por um excelente motivo.
Partindo
do pressuposto que a gente tem que deixar para trás algumas coisas em prol de
outras melhores, faça o seguinte: deixe para trás seu pensamento retrógrado,
medieval, pré-histórico, preconceituoso, sem espaço no cenário atual e viva no
mundo de hoje, evoluído e sem rabo. Obrigado.
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